Milagrão dos brabos! É de vez em nunca que eu consigo postar neste horário e aos domingos. E em homenagem ao pessoal que está acessando este blog pela Rede Malas, vou com um post muito interessante.
Estava ouvindo uma música que muito provavelmente só será lembrada pela - olha ela aí de novo, a virtual festa párde Trash 90's. O dia em que os anos 90 virarem mania, podem creditar a idéia áquele rapaz barbudo, careca e chato pra caramba do Tinha que ser o Chaves...
A música é "Boneca de Fogo", das Sublimes, um grupo formado pelas atrizes Isabel Fillardis, Camila Pitanga e Taís Araújo em 1993. A idéia era decalcada no grupo Supremes - de sucessos como "Stop in the name of love".
Mas as Sublimes eram bem diferentes delas. E é curioso como, mesmo sendo trilha sonora da "Era Itamar", Boneca de Fogo parece aquelas músicas do final dos anos 80 (Luni, Inimigos do Rei, Que Fim Levou Robin, etc.). Talvez o produtor tenha alguma coisa a ver com essa época, que também rendeu músicas tão boas quanto aquelas mais antigas dessa década.
O mais incrível é que esta música começa com um "virundum" interlinguístico! É ao contrário de Billy Idol, com a música Eyes without a Face, que soava "Vou ajudar vocês, taco ni um inglês" - talvez por isso o cantor tenha se espantado com o sucesso que a música fez no Brasil.
E as Sublimes começam a música cantando uma letra que parece saída de um guardanapo escrito por Djavan: "Fútil beijo quente da beleza/ Quente carne fútil/ Carne fútil." Com exceção de "da beleza", todo o resto parece inglês, graças a diksão privilegiada de uma das três, que eu não sei quem é... é mole?!
Essa conseguiu ganhar até mesmo do estranho sotaque da vocalista do Kaoma, que parece que diz, no final da música "Chorando se foi", para as pessoas "dançarem lambadsa" com um estranho sotaque, que parece português com sotaque norte-americano... Não duvido que é por essas e outras que a lambada fez tanto sucesso no exterior.
Mesmo porquê a lambada era o Brasil assumindo aquela imagem que alguns estadunidenses criaram a nosso respeito, de o Brasil ser uma mistura de África com Polinésia, três vezes mais exótica e exuberante do que ambos. É só ver no philmão Lambada, a Dança Proibida como é que são os "índios" brasileiros, que parecem saídos de alguma prancheta da Capcom.
Eita! Esse poste rendeu! Por prosa, chega de hoje.
2.10.05
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