13.12.06

Bozo Memória: Bolachinhas, Amway e Herbalife...

Acredite se quiser, mas minha phamília já passou por três empresas de marketing multinível no começo dos anos 90. A não-progressão nas mesmas, felizmente, nos phez sair dessas roubadas praticamente ilesos. E eu não tive nada a ver com isso, tinha uns 10, 11 anos apenas, e poder de decisão equivalente a FFFFFe-25. Não muito diferente de hoje em dia, mas deixa pra lá...
Uma eu não sei o nome, mas foi manchete nos telejornais porquê simplesmente sumiu com o dinheiro de todo mundo. A empresa fazia um produto extremamente gorduroso, apelidado de "bolachinha", supostamente usado e comprado muito caro pela indústria de cosméticos. Me lembro que os envelopes de papel pardo, nos quais as "bolachas" eram postas, ficavam completamente transparentes e ficavam pingando gordura, como nunca vi acontecer com nenhum alimento!! Ainda temos os potes parecidos com os de margarina, mas transparentes, que acompanhavam o kit. Aí, certo dia, vimos o local da empresa, um prédio na Avenida Paulista, ao lado do parque Trianon, ser a primeira notícia do Jornal Nacional... Tínhamos acabado de entrar no negócio, e não perdemos muita coisa (hoje seria algo como uns 100 reais) perto de outras pessoas que chegaram até a montar empresas para fabricar esse produto!!
Semanas depois, a Amway entrou en nuestras vidas. Agora a coisa vai, diziam. Foi, de certa forma - a Amway, ao contrário da primeira empresa, existe até hoje. Mas não deu muito certo... Usávamos mais os produtos do que vendíamos os mesmos - que seria o verdadeiro 'pulo do gato' e nos faria "cidadãos do mundo", como já ouvi um diretor falar, em uma das reuniões, feitas na casa de um parente nosso. Mas nunca saímos pra vender nada. A lendária timidez dos Barros atacava, desta vez à nosso favor. Talvez foi o que permitiu-nos sair incógnitos dessa empresa, para partir para a... a... Herbalife!!! Acreditem se quiser. (E um recado à todas as empresas do Hemisfério ocidental: não confio em sites .com/br...)
E digamos que fiquei com saudades da Amway, ao menos os produtos deles eram bem pheitos, e serviam para alguma coisa, já com a Herbalife, em duas semanas, perdi 14 dias. Também saímos do jeito que entramos. Graças a Deus, diria atualmente.

Em 2001, com o surgimento do Napster, uma das primeiras coisas que eu encontrei eram faixas do CD dos Sobrinhos do Ataíde, de 1995 (sempre quis ter algum desses CDs até hoje e nunca vi em lojas... dammit). E uma delas era a sátira Herbalofo, uma sátira que a princípio achei um tanto ácida demais ("Meus professores, que nunca me deram nada, hoje trabalham pra mim, você vê como o mundo dá voltas?...").
Bem, isto até que eu vi este site, que narra a história de um ex-vendedor da empresa. Matéria de teor semelhante colocada na Central de Mídia Independente teve uma batalha nos comentários de deixar o Blog dos Ouvintes do Pânico no chinelo, e o que é mais incrível, mais da metade deles defendendo a igr... digo, a empresa!

Uma mala do cassete
Ah, a Amway? Pois é, rapaz. O lucro dos superiores não vem dos produtos, e sim do material de apoio. Palestras motivacionais, para o pessoal que acha que não está dando conta do recado - e realmente não está!!... No nosso caso, uma mala repleta de fitas cassete ("TPBR não sei o quê, Lado A", aí vinha uma palestra narrada em português, parecia documentário da Discovery sem imagens...), que regravei todas menos de 1 ano depois, com o consentimento de todos lá em casa. Detalhe: isso a gente acabou adquirindo logo de cara, mesmo sem ainda começar a vender nada!! Acho que nessa, fomos simplesmente passados pra trás.

Não vou com a cara deles, tanto é que eles não fazem parte da seção de links (poots, depois dessa vai ter tópico "Igor C. Barros" por lá, mas paciência!), mas veja, já no campo da sátira, o tópico da Desciclopédia sobre a Herbalife. Falta o cabeçalho "Este tópico contém verdades!"... (Sei lá se a empresa vai querer tirar a Desciclopédia do ar, assim como o site Herbalixo, que você já viu acima, mas, que te importa?! Coma torta com a sua irmã atrás da porta!)

Poots. Hoje, andando com as próprias pernas, digo a mim mesmo... Marketing multinível, mas nem a PAL, Juvenal!

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