12.5.06

O futuro está mais próximo do que se imaginava

Claro, não tanto quanto nos anos 80, quando se imaginava que no ano 2000, já haveriam carros voando pelas ruas, enquanto que no ano real de 2000 os Fuscas e Brasílias continuavam soberanos sobre o asfalto - aliás, o mesmo das décadas passadas, só que bem mais esburacado. Mas não é sobre trânsito o post de hoje.

Uma reportagem do Jornal Nacional, do começo dos anos 90, dizia que no futuro, os efeitos especiais de cinema, de filmes como o recém-lançado Jurassic Park (a propósito, um dos campeões de erros de continuidade segundo os sites especializados) seriam acessíveis a maioria das pessoas.
Bem, o erro da reportagem foi dizer que isso se daria através de equipamentos dedicados - coisas como "brinquedinhos" onde você apertaria botões. Na verdade, as filmadoras digitais - uma tecnologia que estava engatinhando em 1993 - e os próprios PCs véios de guerra se encarregariam disso - sim, PCs, porquê nos Mac os softwares são caros pra caramba e quase não tem quem os pirateie (o After Effects original da Adobe custa 999 dólares, já o Shake, seu equivalente para Mac, custa 1999 dólares, 1000 a mais. E depois eu reclamo do Abílio Diniz).

E foi mais ou menos assim que aconteceu o que vocês vão ver agora. Uma comunidade do Orkut reúne os poucos - mas que existem - produtores de tokusatsus brasileiros. Séries que seguem os moldes de Changeman, Flashman, enfim, todas essas que foram zoadas e sacaneadas com os Power Rangers.
Esses produtores fizeram um pequeno teste de efeitos especiais. Cenas que se passam aqui no Brasil, em uma cozinha qualquer, mas com detalhes que vocês vão se surpreender! Assista agora, direto do You Tube:
http://www.youtube.com/watch?v=AKmp02b5k6A

Já tentei fazer coisa parecida no After Effects: a nova versão do Colégio Santa Imadre (2003), onde eu já "atravessei a parede" do meu quarto. Só não deu pra continuar por total e absoluta falta de tempo. Se eu achar, vejam em breve no http://www.zippyvideos.com/igorcbarros. Colégio Santa Imadre foi um pseudo-seriado criado por mim em 1996, que se passava em um colégio de freiras, onde eu interpretava todos os alunos e professores, e a "classe" era feita de caixas de papelão com camisetas e bonés, enfim, uma coisa que só não era mais trash porquê pelo menos tinha um cenário envolvente, feito de uma caixa de papelão de geladeira, geralmente produções semelhantes usam locações... Eitcha!
Esta aí, portanto a diferença fundamental entre os videozãns que eu tento produzir e os clipes da Página do Rafinha, os meus tem muito menos elenco.

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