18.2.06

Estudantes do meu Brasil...

Uma coisa que sempre andava comigo na minha adolescência era uma tabela periódica do cursinho Etapa, desde o primeiro colegial (não sei como se chama hoje), antes mesmo de eu fazer o cursinho. Acredito que nas aulas de química que se tem na escola, ninguém deva ter chegado tão longe para se importar com o assunto que vem a seguir.
Talvez os mais nârds, daqueles que são nârds de exatas, não de humanas, como eu... Vamos lá. (A propósito, química, comigo, só a dos alimentos que consumo! Não venham me escrever, dizendo: "Que demais, cara! Sabia que o elemento Xy é indissolúvel ao bidissulfato de molibidênio?...", a minha praia é outra, my beach is another!!!)

Na parede da classe da minha escola, uma viejíssima tabela terminava com o elemento Kurchatóvio. Sei porquê muitas vezes eu não tinha nada pra fazer e ficava lendo aquilo... Esse elemento mudou de nome, a ponto de eu nem mais conseguir achar na tabela atualizada que estou usando como base para este post. A minha tabela do Etapa, feita em 1991, terminava com o elemento hâhnio (Ha). Mas na verdade, desde 1994 o elemento 104 se chama dúbnio (Db). Fiz o cursinho em 1995 sem saber dessa inphormação tão relevante para a sobrevivência dos seres humanos no Universo. E quando eu phiz de novo o cursinho, em 1997, outra surpresa: a tabela ganhou elementos com três letras: unilquádio, unilpêntio, e assim ia até o ununílio. Alguns desses elementos acabam de ganhar nomes decentes:
seabórgio, bóhrio, hássio e meitnério. E os nomes estranhos na verdade são apenas representações com radicais em latim, de seus números: Ununúnio (Uuu), por exemplo, significa o número 111. Mas tem mais: a tabela periódica acaba de ter mais um eemento: o ununúmbio (112), que duvido que os cursinhos saibam o que é...
Moral da história para boi dormir: depois dos mapas geográficos (com Alto Volta, Alemanha Oriental, sem a Eritréia, Tocantins e até mesmo o Mato Grosso do Sul), as tabelas periódicas são os locais dos livros didáticos que mais sofrem com as atualizações...
Mas duvido que alguém, na aula de química da escola, teve de fazer cálculos com gadolínio, tecnécio ou astato. No máximo passeou pelos gases nobres (a propósito, não fui eu!!!...)
Ê escola, ruins tempos aqueles que não voltam mais... mesmo porquê desde 2002 tem um prédio no lugar.

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